quarta-feira, 9 de junho de 2010

Magno Malta é acusado de imoral e indecente, senador rebate

Magno Malta rebate acusações de que teria atacado a Igreja Católica
Por: Carlos Lima

Magno Malta é acusado de imoral e indecente, senador rebate O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou, em discurso nesta terça-feira (8), que não atacou a Igreja Católica "em nenhum momento" em seu trabalho como presidente da CPI da Pedofilia e voltou a enaltecer a coragem do papa Bento XVI por ter admitido a existência de casos de abusos de menores por parte de religiosos católicos.

Magno Malta informou ter visitado o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Vilela, para falar sobre a natureza do seu trabalho como membro e presidente da CPI da Pedofilia. O senador lamentou que alguns padres estejam dizendo que ele tem atacado a Igreja Católica. Disse ter recebido informações de que no seu estado, o Espírito Santo, padres chegaram a recomendaram a seus fiéis que não votassem mais em seu nome, porque ele estaria atacando a Igreja.

- A CPI não tem poupado ninguém, seja juiz, deputado, padre, médico, rico ou pobre. O fato de termos prendido um deputado do Pará não significa que a instituição Assembléia Legislativa esteja sendo atacada - sustentou.

Em aparte a Magno Malta, o senador José Nery (PSOL-PA) comunicou que a juíza Maria Alfaia Fonseca condenou nesta terça-feria (8), a 21 anos de prisão, o ex-deputado estadual do Pará Luiz Afonso Sefer, por abusar sexualmente de uma criança de 9 anos. Sefer foi um dos ouvidos pela CPI da Pedofilia, no ano passado, em Belém.

Também em apartes, vários senadores afiançaram que nunca ouviram Magno Malta atacar a Igreja Católica em seus discursos. Valter Pereira (PMDB-MS) ponderou que, se houve padres pedindo dentro da Igreja que os fiéis não votassem no senador capixaba, eles cometeram crime eleitoral.

Imoral e indecente

O deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL), decidiu romper o silêncio corporativo que marca a relação entre os políticos. Na sessão na Câmara Federal ele não mediu os termos para acusar seu colega de Parlamento, o senador baiano eleito pelo ES, Magno Malta (PR), cantor gospel e pastor da Igreja Universal.

O alagoano acusou o senador de agir de modo arbitrário e abusivo na condução da CPI da Pedofilia, visando lucros políticos para sua reeleição.

Ao citar o caso ocorrido na cidade de Arapiraca em Alagoas, onde um padre foi preso acusado de abusar sexualmente de menores de idade, o deputado citou a ilegalidade e arbitráriedade da prisão dos religiosos.

Segundo o deputado, a condução do caso pelo senador foi um verdadeiro show de pirotecnia, mal disfarçado de CPI da Pedofilia.

"Afirmo que o ocorrido em Arapiraca não foi apenas um espetáculo deprimente, mas um ato irresponsável, imoral, indecente e inconsequente conduzido pelo senador Magno Malta", disse em discurso proferido na Câmara.

O deputado que é de família tradicionalmente católica em Alagoas, completa dizendo que parabeniza a criação da CPI da Pedofilia, que tem todo o seu apoio. "Não comungo, jamais, com esse crime. Porém, um crime não dá o direito a se cometerem atos arbitrários."

Carimbão disse que o senador infringi, constantemente, o regimento interno do Senado, que determina em seu artigo 180, que as comissões da Casa precisam contar com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros.

Em todas as audiências Magno tem ido só. Só ele aparece na TV, afinal, é esse o objetivo, não fazer justiça.

O deputado vai além: O artigo 148 & 1º, determina que a CPI poderá tomar depoimento de testemunhas ou autoridades desde que estejam presentes o presidente e o relator da CPI.

Por fim, o artigo 147 reza que estando ausente o relator, a qualquer ato do inquérito, o presidente poderá designar um substituto para a ocasião, mantida a mesma representação partidária.

Mas isso não interessa a Magno Malta. Ele não quer dividir os holofotes com ningúem. (Leia pronunciamento na íntegra no final da matéria)

O sentimento do parlamentar alagoano é o mesmo de religiosos capixabas. Padres de Nova Venécia a Cachoeiro no ES tem incluído em seus sermões críticas ao uso eleitoreiro e oportunista do tema pedofilia, com críticas diretas ao senador, cantor gospel e membro da Igreja Universal.

"Os padres não estão usando meias palavras para tentar banir do cenário político o senador gospel", afirmou um deputado do ES, que disse ter sido distribuída uma carta assinada por bispos com recomendações expressas contra o senador.



Com informações da Agência Senado / Agência Congresso

Evangélicos protestam contra a proibição de manifestações religiosas na Copa Evangélicos paraguaios desaprovam medidas da Fifa contra expressão religi

Evangélicos protestam contra a proibição de manifestações religiosas na Copa A Associação de Pastores Evangélicos do Paraguai (Apep) expressou hoje sua desaprovação quanto às normas vigentes na Fifa sobre as proibições de manifestações religiosas e que também serão válidas na Copa do Mundo da África do Sul.

A Apep, que reúne quase 1.800 pastores evangélicos cristãos, informou em comunicado sobre sua postura "após receber correspondências e ligações telefônicas de diferentes países nas quais expressam a preocupação pela suposta proibição de orar durante o Mundial da África do Sul".

O documento menciona que "tal proibição é atribuída ao presidente da Fifa, Joseph Blatter", que, segundo o texto, "teria manifestado que a oração incentiva a violência".

A Apep sustenta "que a oração nunca foi motivo para incentivar a violência" e que a mesma "incentiva a amizade, a fraternidade, a unidade, a tolerância e a paz".

"Também recebemos a denúncia de que a Fifa proibiria, por exemplo, que um jogador mostre uma camisa com alguma inscrição relacionada a sua fé", diz outro parágrafo do comunicado.

"Isto também é inadmissível, porque atenta contra a liberdade religiosa e a liberdade de consciência, direitos consagrados em todas as Constituições Nacionais dos cinco continentes", afirma a Apep.

Finalmente, os pastores evangélicos paraguaios, cujo país participará pela quarta vez consecutiva de um Mundial, solicitaram "encarecidamente às autoridades da Fifa, no caso que as denúncias que fazemos sejam verídicas, que deixem sem efeito as supostas proibições da oração e expressão de fé durante" a competição.